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13 de janeiro 1975: O Dia Em Que as Mulheres Portuguesas Saíram à Rua Contra a Desigualdade
O ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher, algo inédito na história. Por esse motivo, um grupo de mulheres da capital do nosso país, Lisboa, decidiu celebrar a data no Parque Eduardo VII. Elas pretendiam fazer "algo original, queríamos fazer um happening, um teatro", disse a escritora Maria Teresa Horta, que fazia parte da iniciativa, a qual nem sequer "se podia chamar uma verdadeira manifestação, porque as mulheres não iriam desfilar pela rua".
A iniciativa era organizada pelo Movimento de Libertação das Mulheres (MLM) que pretendiam mostrar os preconceitos conservadores, assim como a sexualização da mulher, opressão e a sua escravatura doméstica- Para tal muniram-se de itens relacionados e vestiram-se para o "teatro": Havia uma mulher vestida de mulher fatal, a vamp, havia uma dona de casa, de lenço na cabeça e esfregão na mão e até uma noiva, de véu e grinalda, como manda a tradição, pode-se ler no artigo do Diário de Notícias.
Levavam consigo alguns objetos a destruir, como os códigos Civil e Penal portugueses e a legislação do trabalho "por em quaisquer deles ser bem evidente a posição de inferioridade em relação ao homem", revistas pornográficas "pela utilização do corpo da mulher como objeto sexual", tachos, vassouras e panos de pó "entre outras que simbolizavam a mulher escrava do lar e do trabalho doméstico"..
Na chegada ao Parque Eduardo VII, este grupo de mulheres foi rodeadas por um "furacão de homens" e dispersadas, arrastadas pela multidão de homens, que as insultou e agrediu.
Veja o vídeo (do arquivo) da RTP aqui.
Pode ler o artigo completo aqui, no site do Diário de Notícias.
Neste dia, a 13 de Janeiro de 1975, realizou se um comício e manifestação em Lisboa, no Parque Eduardo VII, organizados pelo Movimento de Libertação das Mulheres, que mobilizou várias centenas de mulheres e tinha como objetivo celebrar o Ano Internacional das Mulheres (1975) + pic.twitter.com/OEqgcZxis8
— História Da Classe Trabalhadora (@HistClasseTrab) January 13, 2022
Procuravam lutar contra os preconceitos conservadores promovidos pelo fascismo em Portugal ao longo dos 48 anos de ditadura, assim como a sexualização da mulher e a sua domesticação. Era um movimento autónomo e sem lideres, criado por mulheres da classe trabalhadora. pic.twitter.com/1BxOQiMePI
— História Da Classe Trabalhadora (@HistClasseTrab) January 13, 2022
Hoje, ainda estamos muito longe de terminar esta luta pelo respeito pela Mulher . Fala-se muito de "Igualdade", eu prefiro falar em RESPEITO. A Mulher tem um papel muito importante na Humanidade e um dos seus mais importantes é o da MATERNIDADE. A Mulher é que permite a continuação da Humanidade. Algo que ao homem não foi dado. Ao homem foi dada a Força., para a proteger (e não para a maltratar - seja de que forma for).
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