Os efeitos da pandemia , começam a mostrar evidências no setor da moda. A marca de vestuário, Zara, sofreu um prejuízo histórico na sua história (em quase vinte anos). Decidindo assim, Amancio Ortega (dono da Zara) de encerrar 1200 das lojas mais pequenas. A empresa vai apostar nos canais digitais e nas lojas maiores, e encerará lojas de menor dimensão no prazo de dois anos.
Amancio Ortega tem mais oito marcas comerciais, a Massimo Dutti, Bershka, Paul & Bear, Stradivarius, Oysho, Zara Kids, Zara Home, Uterque e Tempe - lojas que integram o conglomerado de empresas texteis espanhola, a Inditex, situada na Corunha na Galiza, sendo o magnata, o seu fundador e presidente.
A inditex é o maior grupo em confeção e venda de roupas e está presente em 86 países (202 mercados) com mais de sete mil lojas. Com a pandemia, entrou no sinal vermelho, registando no primeiro trimestre - entre Fevereiro e Abril - um "inédito" prejuízo (trimestral), com perdas de 409 milhões de euros, em contraste com o lucro de 734 milhões de euros em igual período do ano passado.
Com tão acentuada queda nas vendas, o líder mundial da venda de roupa a retalho, teve uma queda nas receitas de 44% neste trimestre, devido ao encerramento das lojas. Ainda assim, a administração da empresa nota que conseguiu "um restrito controlo dos gastos operacionais", que desceram 21%. Revelou também, que com o fecho das lojas (88% delas) as vendas online aumentaram: as vendas nas plataformas representavam 14% do volume de negócios no ano passado, e aumentaram 50 % no primeiro trimestre deste ano e até subiram aos 95% em Abril.
A empresa vai, assim, desenvolver uma estratégia a longo prazo de alargar uma plataforma integrada de vendas online (e em loja), e apostar em 2020 e 2021 um montante de mil milhões de euros na plataforma na internet. Onde conta haver novidades, como por exemplo, deixar os clientes - que não conseguem encontrar um tamanho na loja - saberem que o produto está imediatamente disponível online.