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Estado de Calamidade: Uso Obrigatório de Máscaras e Todas As Medidas Que Deve Saber
Esta quinta-feira, dia 30 António Costa anunciou a transição do Estado de Emergência para o Estado de Calamidade Pública. Saiba todas as medidas para a retoma da economia e tenha em atenção que o confinamento é para continuar, pois enquanto houver "Covid-19 não podemos ter uma vida normal.
António Costa frisou que temos o dever de continuar ativamente a prevenir e a controlar a pandemia. Passar para o Estado de Calamidade, NÃO significa que possamos retomar a vida anterior à pandemia, porque "Não podemos", sublinhou o Primeiro-ministro, porque o vírus anda aí, "o risco de contágio continua e a pandemia não está ultrapassada".
PORTUGAL PASSA DE ESTADO DE EMERGÊNCIA PARA ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA
Como estava anunciado, esta quinta-feira, dia 30 ao final da tarde, António Costa dirigiu-se ao país, para comunicar o que se segue ao Estado de Emergência, que atualmente vigora em Portugal (como estava anunciado). Depois de mostrar os vários dados, e entre eles, os que mostram que o nível de contágio em Portugal está no nível mais baixo - 0,92 % em todo o país, desde que começou a pandemia em Portugal (a 2 de Março com o anúncio de um primeiro infetado pelo novo vírus) António Costa comunica que o Presidente da Republica entendeu e o Governo apoiou que não se justifica renovar, mais uma vez, a renovação do Estado de Emergência.
"O Governo ouviu a equipa de cientistas, que tem apoiado a equipa da Direção Geral de Saúde, e depois de ouvir os parceiros sociais e todos os partidos políticos em representação parlamentar e depois de informar o Sr Presidente da Republica, o Conselho de Ministros aprovou hoje o Plano de Transição do Estado de Emergência para o estado de Calamidade".
O Governo acompanhou dia-a-dia a evolução desta pandemia, desde 2 de Março, quando surgiu o primeiro caso em Portugal. E ao longo "destes 2 meses, foi visível o esforço de contenção e disciplina dos portugueses e o notável trabalho de todos os profissionais de saúde, sendo por isso possível que a pandemia tivesse uma evolução no sentido positivo nestes 2 meses" afirmou António Costa.
Com o confinamento em casa, por parte dos portugueses, o risco de transmissão foi reduzido ao longo destes dois meses , sendo hoje, o risco de contágio de 0,92% em todo o país.
PEQUENOS ESPAÇOS COMERCIAIS VÃO ABRIR E NÍVEL DE CONTÁGIO VAI SER MAIS ELEVADO QUE NUNCA
O país passa a partir de segunda-feira, dia 2 de Maio, ao Estado de Calamidade. Mas António Costa frisa que, agora ainda mais do que nunca, "é preciso continuar a manter um nível de contenção elevado", pois a partir da próxima semana alguns estabelecimentos comerciais vão abrir e o nível de contágio vai ser ainda mais elevado...
" Face à evolução da Pandemia e face à que tem sido revelada, a da capacidade do nosso serviço nacional, podemos começar de forma gradual, de forma progressiva e com todas as cautelas que a segurança impõe, a dar pequenos passos. tendo em vista o desconfinamento e a eliminação das limitações que têm sido impostas à vida das pessoas."
Segundo o que disse António Costa, existe um conjunto de condições que são fundamentais para que este passo se possa concretizar:
Podemos dispor em abundância no mercado de máscaras, de álcool gel e outros materiais desinfetantes que vão estar à venda e acessíveis a todos os cidadãos;
A capacidade estratégica do sistema nacional de saúde está absolutamente consolidado;
A indústria nacional, as linhas de importação e as redes de distribuição têm vindo a dotar-se de capacidade de abastecimento;
Garantia da parte da indústria e de grandes distribuidores de que ainda esta semana e este fim-de-semana se passará a dispor de máscaras de uso comunitário acessíveis, em hipermercados e supermercados, e acessíveis aos cidadãos portugueses em abundância e de reposição constante;
Definidas as regras de higienizarão regular dos espaços para cada setor
Fixação de lotação máxima de espaços de forma a garantir um afastamento suficiente entre as pessoas, de modo a que não haja um risco de contágio excessivo quando frequentamos espaços de uso público;
A aprendizagem que todos fomos fazendo das normas de higienizarão das mãos e de etiqueta respiratória de modo a diminuir o risco de contaminação de outras pessoas;
REGRAS OBRIGATÓRIAS DURANTE O ESTADO DE CALAMIDADE
Ao que António Costa passou a enumerar um conjunto de condições que são fundamentais para que estes passos se possam concretizar:
Uso Obrigatório de Máscara nos espaços públicos, no comércio, transportes públicos, escolas e locais fechados onde haja um determinado número de pessoas. Ou seja, em locais onde haja um número de concentração de pessoas e proximidade que seja impossível de evitar. OPrimeiro-ministro afirma que vai haver máscaras em abundância no mercado, assim como álcool gel e outros líquidos desinfetantes e que estarão disponíveis em abundância para todos os cidadãos.
Obrigatoriedade de higienização regular dos espaços para cada setor de atividades enumeradas abaixo
Cumprir a lotação máxima dos espaços estabelecida;
Obrigatoriedade de continuar a respeitar as regras de distanciamento social nos espaços públicos
Higiene das mãos e etiqueta respiratória ( como espirrar ou tossir para o braço)
Ser responsável por si e pelos outros. "O risco de transmissão do vírus vir a aumentar vai depender da responsabilidade de cada um de nós", frisou o Primeiro-ministro.
Todas as outras abaixo descritas
António Costa afirmou que o governo tem consciência de que este processo tem riscos e também, que ninguém deve ignorar a essência desses riscos, estando na consciência de cada um de nós evitar riscos.: tendo cada um de nós o dever de adotar as normas de higiene, de afastamento, de disciplina e de auto-conteção de forma a proteger-se e a proteger os outros.
E para além disso, que abrindo um conjunto de atividades, inevitavelmente o risco de transmissão vai aumentar e alerta para que ninguém tenha ilusões: porque, quando se começar a abrir as lojas, o risco de contágio vai aumentar e por isso, devemos ser ainda mais responsáveis.
AS MEDIDAS FORAM DIVIDIDAS EM 3 FASES E POR DATAS
VÃO ENTRAR EM VIGOR DE QUINZE EM QUINZE DIAS: 4 E 18 DE MAIO E 1 DE JUNHO
Deste modo, o Plano de transição do Estado de Emergência para o Estado de Calamidade Pública vai ser feita por fases, com medidas que entram em vigor de quinze em quinze dias, nas datas de 4, 18 de Maio e 1 de Junho, sendo que antes de cada uma destas fases o governo fará uma nova avaliação dos efeitos que tiveram as medidas anteriormente adotadas e avaliará se existem condições para dar o passo seguinte para passar à fase subsequente. E o Governo, reitera a certeza de que poderá dar um passo atrás se isso for necessário para garantir o bem essencial que é a segurança dos portugueses e adotará a qualquer hora e a qualquer momento, as medidas necessárias para preservar a saúde pública de todos
PRIMEIROS PASSOS
A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA, DIA 4 DE MAIO
Confinamento Profilático obrigatório para as pessoas contaminadas com covid-19 e para as pessoas sob vigilãncia. E a violação desta regra ´continua a constituir crime de desobediência.
Dever Cívico de Recolhimento Domicliário: passa a ser igual para todos: crianças, jovens, adultos, pessoas de meia-idade e idosos.
António Costa sublinhou que Estado de Calamidade Pública não permite o mesmo grau de limitação que o Estado de Emergência, por isso alerta que "o Estado de Emergência acabou mas que o comportamento do vírus continua a ser o mesmo! O vírus não anda por si, não anda sozinho. Somos nós que o transportamos e só o transmitimos ao outro pela proximidade." E por isso a forma de acabarmos com esta pandemia é o de circularmos o menos possível e o de afastarmos-nos o mais possível uns dos outros, sendo um dever cívico geral, um dever de todos.
Proibição de qualquer evento que envolva mais de 10 pessoas. Sendo que, quando estivermos entre dez pessoas, devemos manter a regra do afastamento.
Cerimónias religiosas: celebrações comunitárias com regras ainda a definir entre a DGS e confissões religiosas (estas têm previsão de recomeçarem até ao final de Maio);
Transportes públicos: lotação apenas até 2/3. Obrigatoriedade de uso de máscara, e quem não acatar esta ordem é sancionado com uma multa. Higienização e limpeza obrigatória e com regras mais apertadas.
Recurso obrigatório ao teletrabalho até ao final de Maio, em todos as atividades profissionais que possam ser mantidas em teletrabalho;
O QUE VAI ABRIR
Bibliotecas e Arquivos, Museus, Espaços públicos, como jardins públicos e Monumentos nacionais
Atividade física: prática dos desportos individuais ao ar livre (fora de competições) deixam de ter limitações, com a exclusão, em qualquer caso, da utilização de balneários ou piscinas.
Balcões desconcentrados da Função Pública: Repartição de Finanças, Conservatórias etc. O Atendimento será com marcação prévia (para evitar aglomerações)
Comércio: todas as lojas de rua até 200 metros quadrados, livrarias e o comércio automóvel (este independentemente da respetiva área comercial) e os estabelecimentos de serviços da higiene pessoal, como cabeleireiros, barbeiros, manicures, pedicures etc . Cumprindo as normas de higienização e proteção individual.
A PARTIR DE 18 DE MAIO
O QUE VAI ABRIR:
Abertura de todas as lojas até 400 metros quadrados;
Abertura de Restaurantes, Cafés, Casas de Chá e Pastelarias. Deixam de estar limitados ao serviço de Take Away e ao domicílio e passam a poder receber clientes nos seus estabelecimentos. Com uma limitação de lotação de 50%, e normas apertadas de higienização e proteção individual
Reabertura das atividades letivas do 11º e 12º ano do ensino secundário e também os 2º e 3º anos de outras ofertas formativas do ensino secundário. As aulas presenciais são para as disciplinas de acesso ao ensino superior. Deverão ter um horário contido (entre as 10h e as 17h) para ser possível a desconcentração no uso dos transportes públicos e procurando evitar o maior tempo possível na escola. Uso obrigatório de máscara comunitária, disponibizadas pelas escolas e estas cumprir as normas gerais de higienização e ter dispensadores de alcool gel e outros desinfetantes a fim de diminuir os riscos de contaminação.
Reabertura de Creches e Atl's. Os pais decidem se crianças os frequentarão ou não, mantendo-se o apoio do estado até ao fim do mês de Maio - para os pais de crianças com menos de 12 anos - que continuem em casa a dar assistência aos filhos;
A PARTIR DE 1 DE JUNHO
O QUE VAI ABRIR
Redução progressiva do teletrabalho: parcial, horários desfasados ou equipas em espelho;
Abertura das Lojas do Cidadão;
Abertura de todas as lojas de rua, independentemente da sua área e abertura das lojas dos centros comerciais;
Reabertura plena das creches, da Pré-escola (recomendando.se as atividades ao ar livre) e de todos os centros de atividades de tempos livres;
Salas de espectáculos, como cinema, teatros , Auditórios com lugares marcados, lotação reduzida e distanciamento físico adequado;
REGRESSO DO FUTEBOL NO FINAL DO MÊS DE MAIO
Estão proibidos quaisquer desportos em recintos fechados, desportos coletivos ou de combate. E a única exceção tem a ver com a partir do fim-de-semana de 30 e 31 de Maio dar ínicio à conclusão das provas oficias dos clubes da Primeira Liga de Futebol profissional, permitir a conclusão das últimas 10 jornadas e da Taça de Portugal (ainda a necessitar de aprovação da DGS e avaliação de qual Estádio cumpre todas as condições necessárias. Quaisquer partidas destas serão feitas à porta fechada e sem público.
ALERTA DO PRIMEIRO-MINISTRO
"Todos temos conciência, de que até a haver uma vacina, disponível no mercado e acessível a todos nós, ou até haver um tratamento de efeitos terapêuticos comprovados, nós vamos ter de continuar a conviver com o covid-19 nas nossas vidas", começou por dizer António Costa, " O que significa, que vamos ter de continuar a NÃO ter a nossa vida normal. PORQUE ENQUANTO HOUVER COVID A VIDA NÃO SERÁ NORMAL".
António Costa alerta assim, para que NINGUÉM interprete o fim do Estado de Emergência como o fim da emergência sanitária. Que ninguém pode pensar que a transição do Estado de Emergência para o estado de Calamidade Pública nos liberta do dever cívico de procurarmos manter:
O MAIOR RECOLHIMENTO POSSÍVEL
O MAIOR AFASTAMENTO POSSÍVEL
REGRAS E DISCIPLINAS DE HIGIENIZAÇÃO E ETIQUETA RESPIRATÓRIA (lavagem das mãos, tossir e espirrar para o braço, etc)
Devemos nos manter em confinamento, continuando com os esforços feitos até aqui para continuar a ter o que conseguimos até aqui: "Ao longo destes dois meses, conseguimos inverter a tendência que havia. Não vamos perder no próximo mês, aquilo que tão duramente alcançamos nestes dois meses", alertou o Primeiro-ministro
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